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Wise Foxes representa o interior de São Paulo na FLLC em Houston. Fotos: Leudo Lima / CNI.

Nos EUA: jovens apresentam inovações para desafios ligados ao oceano

Pequenos gênios de 9 a 15 anos desenvolveram equipamentos para preservar corais nativos, garantir o sustento de pescadores artesanais e auxiliar pesquisadores do nicho

“Muito mais que robôs” é o lema da FIRST, estampado nas camisetas dos competidores e, ao longo dos torneios, pude perceber o quanto isso é verdadeiro. Aqui no mundial, a perseverança em se comunicar, mesmo com pouco conhecimento nos outros idiomas, é uma das formas mais bonitas de ver esse conceito ganhar vida.

Ao buscar mais informações sobre o projeto de inovação da equipe SESI Heroes, de Jundiaí (SP), que participa da FIRST Lego League Challenge (FLLC), presenciei uma troca de conhecimento sobre os robôs de LEGO em inglês ao vivo. Com sotaques confusos e até perguntas e respostas num post-it, mas sem medo de errar e com muita persistência, deu tudo certo no final e todos saíram gratos (e com bótons novos).

Com essa mesma garra, os estudantes, que têm entre 9 e 15 anos, desenvolveram o Smart Reff: um equipamento automatizado que auxilia mergulhadores na remoção de corais invasores, ajudando a preservar a flora marinha brasileira. A ideia surgiu após pesquisas e conversas com especialistas sobre o avanço desses corais no litoral norte paulista. Eles se deslocam de outras regiões, se espalham rapidamente por não terem predadores naturais e ameaçam o equilíbrio ecológico dos nossos oceanos.

João Vitor Nunes, 15 anos, conta que a equipe teve a oportunidade de testar o equipamento com especialistas do projeto Coral Vivo, criado pelo Museu Nacional e, atualmente, uma referência nacional e internacional na pesquisa e defesa da costa coralínea do Brasil. Em Ilhabela (SP), os estudantes mergulharam até 5 metros de profundidade, onde foram mapeados corais invasores e colocaram o Smart Reff em ação. Quer saber mais? Então dá uma olhadinha nesse minidocumentário que eles produziram:

Quando voltar ao Brasil, a equipe já tem três passos bem definidos: “Buscar a certificação de um órgão regulador, como o Inmetro; solicitar o registro da patente; e, por fim, buscar parcerias com empresas do setor para industrializar o equipamento”, detalha João.

Aqui em Houston, vestidos como super-heróis, eles esbanjam confiança — que eu diria que é um dos superpoderes da equipe. Essa atitude tem ajudado bastante na hora de fazer novas conexões e interagir com os demais times. João conta que, além das trocas internacionais, eles também compartilham ideias, experiências e até peças com as outras duas equipes brasileiras que estão participando da etapa mundial de robótica. “Temos que nos unir aqui para representar bem o Brasil e conquistar ainda mais vitórias”, reforça o estudante.

Estudantes garantem pesca com anzol reforçado
Diretamente de Igaraçu do Tietê, no interior de São Paulo, a equipe Wise Foxes focou em outro desafio: a pesca artesanal, uma atividade de pequena escala, tradicionalmente realizada por famílias ou comunidades, com embarcações simples e técnicas passadas de geração em geração.

Os estudantes criaram um dispositivo inovador, acoplado aos anzóis, que aumenta a eficácia na captura dos peixes. “O Take Fish fica na ponta da linha, com anzóis em suas extremidades. Quando o pescador sente que fisgou um peixe e puxa a vara, o equipamento se abre dentro da boca do animal, garantindo que o anzol não escape”, explicou Lukas Júnio Rodrigues da Silva, de 14 anos, integrante da equipe.

O protótipo foi testado por dois pescadores artesanais, que avaliaram sua funcionalidade e mostraram que o Take Fish pode ser adaptado a diferentes tamanhos de linhas e anzóis, o que amplia a utilidade.

Já para realizar os próprios testes, os alunos precisaram buscar autorização junto às autoridades locais, já que o período de desenvolvimento do projeto coincidiu com a época de reprodução dos peixes – protegida pela Lei da Piracema, que regulamenta a pesca e preserva o meio ambiente.

No pit, os estudantes que usam camisetas roxas e orelhinhas de raposa, apresentam o Take Fish sem os anzóis para segurança de todos enquanto trocam botóns e dão paçoquinhas.

Mais economia para pesquisa e desenvolvimento
A equipe Biotech, de Barra Bonita (SP), trouxe para Houston uma inovação open source, ou seja, que pode ser acessada e produzida por todos que tiverem interesse e demanda. O AquaSystem é o primeiro coletor sustentável, feito bioplásticos derivados de amido de milho, que une a coleta de amostras água e de fitoplâncton em um único dispositivo e garante amostras fiéis e representativas para pesquisadores.

No mercado, os dispositivos são separados e custam cerca de R$ 8 mil o coletor de água e R$ 4 mil o coletor de fitoplâncton. “Os especialistas chegavam a chorar de tristeza quando perdiam um”, contou Antonio Carvalho Vettorazzo, 12 anos. Ele conta que o coletor criado por eles custa apenas R$ 72,90 e pode ser produzido pelos interessados por meio de uma impressora 3D.

O projeto também é composto por uma rede feita de fibra natural de bambu. Por isso, em caso de perda desse item no mar, ele levará apenas 2 anos para se decompor ao contrário dos já existentes que levam cerca de 200 anos.

“O AquaSytem beneficia não só os pesquisadores, mas também o planeta pois está pautado na Agenda 2030 e os objetivos de desenvolvimento sustentáveis. Queremos produzir em larga escala com apoio de uma empresa que já sondamos, mas nosso objetivo é que os especialistas possam fazer os próprios coletores conforme forem precisando”, explicou o estudante.

No pit amarelo, além das bandeiras da equipe, do estado e do país, Antonio estava com um dos robôs da equipe enquanto o outro estava em round na arena. Entre a nossa conversa, o jovem também foi abordado por outros competidores em inglês com dúvidas sobre as extensões do robô de LEGO e explicou fluentemente no idioma.

SESI lidera a maior comitiva brasileira da história em Houston
O Brasil está na principal competição de robótica do mundo com a maior delegação da história. Ao todo, 18 equipes de sete estados representam o país entre mais de 15 mil estudantes de 50 países, em Houston (EUA), até o dia 19 de abril. A delegação é liderada pelo Serviço Social da Indústria (SESI), operador oficial dos torneios de robótica da FIRST no Brasil.

As equipes brasileiras representam escolas do SESI, além de instituições públicas e privadas de São Paulo (10 equipes), do Distrito Federal (2), de Santa Catarina (2), do Maranhão (1), de Sergipe (1), do Rio Grande do Sul (1) e do Mato Grosso (1). Conheça cada uma delas.

Acompanhe a cobertura completa dos brasileiros em Houston aqui na Agência de Notícias da Indústria, no perfil do YouTube Sou Robótica do SESI e no perfil do instagram @festivalsesiderobotica.

Acompanhe a cobertura fotográfica no Flickr da CNI
Dê uma olhada nas fotos que registram os competidores brasileiros no FIRST Championship. Entre rounds, apresentações e emoções à flor da pele, cada imagem desse álbum captura a energia, a ansiedade e a alegria dos jovens que estão vivendo uma experiência única em Houston. Confira os melhores momentos dessa jornada histórica!

Por Giovanna Chmurzynski, de Houston (EUA)
Para a Agência de Notícias da Indústria

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Aldo Cargnelutti

Especialista em comunicação corporativa, Aldo Cargnelutti é editor de conteúdo no Brasil Inovador. Estamos promovendo a inovação, impulsionando negócios e acelerando o crescimento. Participe!

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